Maiores pesquisadores de tecnologia e educação do mundo participam do Covaite

10/11/2020

O segundo dia de palestras do III Covaite iniciou às 8h desta terça-feira, 10/11, com a participação do Dr. Debabrata Samanta, da CHRIST Deemed to be University, da Índia. Com o tema "A digital pedagogy: digitally enhenced education and technology", o pesquisador apresentou um histórico da educação tradicional até as necessidades de mudanças que foram aceleradas pelo advento da pandemia. Para Dr. Debabrata as referidas mudanças em um setor tão complexo como a educação estão sendo promovidas pela tecnologia e envolve toda a sociedade.

O uso da realidade virtual como recurso didático também foi assunto abordado em mesa redonda, durante a quarta sessão do congresso. Para o Dr. Eduardo Menjívar Valencia, que atua como diretor de educação da Universidade Don Bosco (UDB), de El Salvador, está acontecendo uma série de transformações digitais ao longo deste ano, destacando-se os usuários que produzem e consomem informação de diferentes fontes.

Conforme Valencia, o uso da realidade virtual como recursos didático se adequa positivamente no processo de ensino-aprendizagem. "A realidade virtual se encaixa em contextos formativos, proporcionando encontros coletivos em ambientes 3D. A partir destas experiências há um significativo aproveitamento, mais motivação, participação e rendimento acadêmico, levando assim a melhores resultados", destacou o docente.

O terceiro debate da manhã foi realizado a partir de estudos do Dr. João Augusto Mattar Neto. Com o título "Novos paradigmas, novas teorias: do ensino remoto emergencial ao blended learning", o estudioso iniciou compartilhando a sua visão sobre o atual processo de transição da Educação a Distância (EAD) para o ensino remoto emergencial e para o blended learning.

Conforme o pesquisador, na migração para a educação remota observou-se a utilização das plataformas de web conferência como o Microsoft Teams, Zoom e o Google Meet. Com isso, as instituições passaram a deixar um método de EAD tradicional e passou a ter reprodução presencial, através das aulas síncronas. "Passamos a ter um EAD mais interativo e deixamos o lado conteudista. Isso tende a determinar como será a educação à distância do futuro. Se olharmos com atenção para os momentos de transição, vamos tirar um aprendizado muito rico", destacou.

Questionado sobre o retorno das aulas presenciais, Mattar defende que o ensino voltará a ser híbrido, gerando senso crítico nos envolvidos. "Só vamos conseguir construir um novo modelo de educação se tivermos todos de mãos dadas. As instituições que vão sair com vantagem são aquelas que vão ouvir os atores, pois o método de ensino adotado durante a pandemia tem experiências positivas que estão sendo encobertas pelas negativas", concluiu.

Já no período da tarde, os trabalhos tiveram início com o debate sobre a qualidade de vida dos professores catarinenses durante o período de isolamento social. As congressistas Dra. Simone Regina Dias, Dra. Maria Tais Melo e Dra. Arceloni Volpato apresentaram os resultados de uma pesquisa realizada com os professores vinculados ao Sindicato dos Professores de Santa Catarina. O objetivo da pesquisa é compreender os dados relacionados a pandemia e que interferem na vida dos docentes.

O estudo revela que aspectos como a região onde atuam, renda salarial, idade e área de ensino que trabalham contribuíram para os resultados, sendo que 10% dos entrevistados tiveram afastamento laboral durante 2020. Na sua maioria devido a Covid-19, depressão e estresse. Conforme o estudo, os transtornos psicológicos foram originados a partir da sobrecarga de trabalho, instabilidade emocional, falta de equipamentos para as aulas síncronas e o desconforto com a exposição nas aulas.

Para a pesquisadora Dra. Maria Tais Melo, os resultados do estudo são entregues na esperança de que os gestores públicos utilizem estas informações para a construção de novas políticas de saúde e educação. "Se estas políticas públicas não se adequarem a esta nova demanda, o ano letivo de 2021 não será mais o mesmo. Saúde e educação devem estar ligadas", evidenciou.

Para a organizadora do evento, Prof. Dra. Arceloni Neusa Volpato o COVAITE se tornou uma grande comunidade que não está parada. "Que a partir daqui tenhamos grupos que se estabeleçam nos países de trabalho, pois temos uma realidade muito próxima e temos muita riqueza e ideias para compartilhar, além de excelentes objetos de investigação", finalizou.

A tarde seguiu com mesa redonda com a pesquisadora Dra. Elisabeth Pereira, da Universidade de Aveiro (Portugal) sobre o novo paradigma educacional das universidades do século XXI. No período da noite, o COVAITE conta com a participação do Prof. Juan José Sanmartin Rodríguez (Espanha), Dr. José Vianney Valle dos Santos (Brasil) e os argentinos Dr. Diego Craig, Dra. Graciela Fernandes, Dra. Sofia Penzo e Dra. Susana Nugara.

Saiba tudo sobre o III COVAITE em https://bit.ly/3llaTuY. Acompanhe as transmissões na fanpage do evento no Facebook acessando o link https://bit.ly/3llaTuY.

Por Rafael Oliveira Vargas - Jornalista RPMTE 6697/SC
Unifacvest Press - Agência Experimental de Comunicação <press@unifacvest.edu.br>
Coordenação: Ricardo Leone Martins

 

Legenda das imagens: 

Imagem 01: Dr. Debabrata Samanta (Índia) foi o primeiro palestrante do dia.

Imagem 02: Dr. Eduardo Menjívar Valencia (El Salvador) falou sobre realidade virtual.

Imagem 03: Dr. João Augusto Mattar Neto (Brasil) fez uma reflexão sobre a metodologia EAD no país. 


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